Nesta sexta-feira, o Colégio CIMAN Octogonal recebeu visitas muito especiais. Parceira do CIMAN desde 2013, a contadora de histórias paraibana Dany Danielle, criadora dos projetos Contação de Rua e Vitrolinha da Rua, esteve na escola, acompanhada da também artista, a cantora Maria, sua filha, de 13 anos. Elas apresentaram, para as turmas de Jardim II da Educação Infantil e 1º, 2º e 3 anos do Ensino Fundamental as histórias “Macaquinho”, de Ronaldo Simões; “Faniquito e siricutico no mosquito”, de Jonas Ribeiro; e “Terezinha de Jesus”, da própria contadora, tudo regado a muita música. Fez também uma entrevista com alunos do 5º sobre contação de histórias sensoriais, voltadas para público deficiente visual.
A união entre o CIMAN e o projeto paraibano começou pela internet. A coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental I do CIMAN Octogonal, Susy Willik, acompanhava no Facebook o trabalho recém-iniciado pela artista quando soube que ela precisava de livros. “Estávamos começando a Gincana Crianças pela Cidadania 2013 e decidimos, então, como ação social, doar livros para a Contação de Rua”, lembra. “Recebi três caixas com literatura infantil muito variada. Foi a maior alegria para mim e para as crianças do projeto”, diz Dany Danielle.
Sempre apaixonada pela arte, Danielle Gomes, de 36 anos, é, há 10, professora de informática. Há 2 anos, quando levava seu filho mais novo, Alberto, para brincar na rua de casa com as outras crianças, percebeu que a leitura nunca estava no hall de atividades dos pequenos. Então, decidiu fazer um grande bolo de chocolate e convidar a turma para um piquenique, em um sábado, na casa da família, para uma rodada de leituras e histórias. Foi um sucesso, repetindo-se no próximo sábado e no outro também. Depois de algumas semanas, as crianças eram muitas e a casa estava pequena para o evento. O grupo, então, se mudou para a Praça da Paz, dentro do próprio Bairro dos Bancários, onde mora.
Hoje, Dany Danielle, ao lado dos filhos Paulo, de 18 anos, Maria e Alberto, de 5 anos, participa de projetos das Secretarias de Cultura e de Educação de João Pessoa e do Estado da Paraíba, e tem programas na Rádio Estadual e na TV da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), além de tocar os dois projetos e sempre buscar aperfeiçoamento em arte-educação. “Vim a Brasília para conhecer o CIMAN, fazer um curso com a educadora Lu Chamusca, ‘Brincando de cantar na escola’, e também contar as minhas histórias”, diz.
Além da sua arte, Dani Danielle e Maria deixaram, no CIMAN, 13 histórias gravadas da “Vitrolinha da Rua”, programa de webrádio que contempla diversas formas de arte, como poesia, música e contação de história. Elas serão entregues pelos estudantes dos 5ºs anos aos alunos do Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CEEDV), na Asa Sul, em um trabalho de contação que será desenvolvido por eles neste semestre.