Eles arrasaram no último final de semana, na Etapa Peão do Festival Interescolar de Xadrez (FIX) 2022 – DF, realizado em 30 de abril com a participação de centenas de crianças e jovens. Os estudantes Nínive Valença Santos, de 3 anos, que cursa o Maternal II, e Eduardo Vieira Henriques, de 10 anos, que está no 5º ano na unidade Octogonal, saíram do evento carregando seus troféus.
Nínive, que disputou a categoria Sub-7 (com meninas de até 7 anos), ganhou as duas primeiras partidas e acabou abandonando o campeonato por motivo de saúde. Mesmo assim, levou o troféu por ser a jogadora mais nova do evento. Já Eduardo Vieira Henriques saiu com o troféu ouro, conquistando o 1º lugar da categoria Sub-11 (com meninos de até 11 anos), em que havia 94 inscritos, após vencer as 6 rodadas que disputou.
Fernando Valença Santos, pai de Nínive, que é professor de educação física e de xadrez, conta que a filha tem familiaridade o tabuleiro há 6 meses. “Ela aprendeu os nomes das peças, depois os movimentos e logo entendeu o objetivo do jogo e como atingi-lo”, explica Santos, que iniciou recentemente um curso de xadrez no CIMAN Octogonal como coordenador e professor, nas escolinhas de esportes abertas à comunidade, com aulas às terças e quintas, a partir das 18h. “Ela ficou muito feliz com o troféu e já está entusiasmada para participar da próxima etapa da competição”, comemora o pai de Nínive.
Já o garoto Eduardo Vieira Henriques, que agora também é aluno de Fernando Valença Santos no CIMAN, tem uma trajetória mais longa no xadrez. Aos 7 anos, disse aos pais que queria praticar o esporte – assim reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional em 2001. Começou a ter aulas com um professor, mas veio a pandemia. Nestes dois anos, segundo a mãe, a professora Vanessa Vieira Silva Henriques, ele foi tomado por certo desânimo em relação ao xadrez, mas não parou. Passou a jogar com meninos da mesma faixa etária de diversos países pela internet e, com isso, seu desempenho voltou a crescer. “Nem ele esperava estar tão bem como se mostrou no campeonato. A vitória foi uma surpresa para todos nós”, conta a mãe, orgulhosa pelo desempenho de Eduardo, que também é pianista e joga em casa com o pai – a quem ele ensinou o xadrez.
“Eu gosto muito de xadrez, de matemática e de tudo o que necessita cálculos mentais. Fiquei muito feliz porque, nos outros torneios, perdia depois da terceira rodada. Desta vez, eu treinei muito e deu certo”, diz Eduardo Vieira Henriques “Temos a certeza de que estamos oferecendo a ele os melhores conhecimentos e dando direcionamentos no caminho certo”, garante Vanessa.
O pai de Nínive, Fernando Valença Santos, enxadrista desde os 16 anos, conta que nunca viu crianças tão pequenas jogando e que conhece poucos casos no mundo similares ao dela. “Realmente, é uma situação diferente, pois as crianças começam a jogar um pouco mais velhas. Ela mostra muita concentração no que faz”, relata. As famílias seguem comemorando as conquistas dos pequenos, assim como toda a comunidade CIMAN.